Área de Relevante Interesse Ecológico Mata de Santa Genebra
Área de Relevante Interesse Ecológico Mata de Santa Genebra |
Esfera Administrativa: Federal |
Estado: Sao Paulo |
Município: Campinas (SP), Paulínia (SP) |
Categoria: Área de Relevante Interesse Ecológico |
Bioma: Mata Atlântica |
Área: 251,7 hectares |
Diploma legal de criação: Decreto nº 91.885 de 05 de novembro de 1985 |
Coordenação regional / Vinculação: |
Contatos: Gestor: Pedro Henrique Delamain Pupo Nogueira |
Índice
Localização
Como chegar
Ingressos
Período para a visitação: Sábado a Domingo, 09:00 as 12:00
Visitação permanente todo último domingo do mês, das 09h00 às 12h00. Esporadicamente, trilha noturna, em noite de lua cheia. Mediante prévia marcação, a unidade recebe escolas e demais entidades de ensino de segunda a sexta feira.
Onde ficar
Objetivos específicos da unidade
Histórico
Atrações
Aspectos naturais
Bioma Mata Atlântica. Floresta Estacional Semidecidual (FES). Além de floresta de terra firme (92% da área da UC) ocorrem áreas de floresta paludosa ou brejosa (8%). Ao longo da extensão desses dois ecossistemas, ocorrem diferentes expressões de comunidades vegetais, também com composições florísticas e estruturais distintas entre si, assim como em sua geomorfologia e solo local. A UC representa um remanescente de FES que está inserido na área central de uma paisagem altamente antropizada - a Região Metropolitana de Campinas-SP. As perturbações antrópicas e naturais provocaram e provocam degradações nas comunidades vegetais naturais e hoje é possível encontrar diferentes estágios sucessionais nessas comunidades, principalmente a vegetação secundária no ecossistema da floresta de terra firme.
Relevo e clima
Relevo
As formas predominantes do relevo são convexas, porém muito suavizadas e com rampas extensas, cujas declividades raramente ultrapassam 7%. A altitude vai de 585 a 615 m. (IGC - Instituto Geográfico e Cartográfico-SP). Essas condições são propícias ao desenvolvimento de solos profundos e maduros, especialmente se se considerar o tempo geológico extenso nas regiões tropicais úmidas, garantindo uma intensa transformação dos materiais superficiais, que conduz à individualização de latossolos. As pequenas áreas de topografias mais baixas são aquelas decorrentes da incisão da rede de drenagem, que promove o rejuvenescimento do relevo, em cujas cercanias podem instalar-se processos de alteração do solo pela ação da água, nas dependências das flutuações do lençol freático.
Solo
O levantamento pedológico foi efetuado com o objetivo de determinar as características morfológicas, granulométricas e químicas dos solos ocorrentes na UC. Através da análise dos resultados, verificou-se que cerca de 80% de sua superfície é ocupada pelo Latossolo Vermelho Escuro álico textura argilosa, e o restante pelo Podzólico Vermelho Amarelo distrófico textura médio-argilosa, com inclusões de solos hidromórficos (Glei). As observações de maior detalhe feitas dentre os fatores pedogenéticos mencionados foram relativas ao material de origem (ligadas às diferentes litologias) e ao relevo, uma vez que outros fatores poderiam ter uma influência praticamente uniforme, dada à pequena extensão da área e a cobertura de vegetação (Aguiar, 1995).
Geologia
A geologia está representada pela presença de rochas do Pré-Cambriano (embasamento cristalino), do Carbonífero-Permiano (Grupo Tubarão), do Permiano (Formação Irati), das intrusões diabásicas do Mesozóico e ainda de materiais do Cenozóico. O nível altimétrico de 585 a 615 (IGC - Instituto Geográfico Cartografica-SP) assinala o limite entre os sedimentos da Formação Itaré, situados abaixo (sedimentos clásticos grosseiros, arenitos, aglomerados e siltitos) e os depósitos argilosos modernos situados acima, que são os referidos materiais do Cenozóico.
Hidrologia
Os municípios de Campinas e Paulínia localizam-se na bacia do Rio Tietê. A parte norte é atravessada pelos rios Jaguari e Atibaia, formadores do rio Piracicaba, a partir das suas confluências no município de Americana. Na parte oeste de Campinas destaca-se o ribeirão Quilombo, indo desaguar no rio Piracicaba após percorrer outros municípios da Região Metropolitana de Campinas (RMC). Na porção sul, Campinas é atravessada pelo rio Capivari, afluente direto do rio Tietê. A rede de drenagem interna do município de Campinas é bastante densa, toda convergente para as três grandes sub-bacias do Atibaia/Jaguari, Quilombo e Capivari, e responsável pelo esgotamento e transporte das águas pluviais e servidas. O Distrito de Barão Geraldo, em Campinas, onde se encontra a UC, está localizado na bacia do Rio Atibaia e a área está dividida em cinco bacias hidrográficas. Todas essas bacias extrapolam os limites administrativos do Distrito, possuindo suas nascentes e parte de seus cursos em outras zonas do município ou mesmo em outros municípios. As cinco bacias são: bacia do Ribeirão das Pedras, bacia do Ribeirão Anhumas, bacia do Córrego da Fazenda Monte Doeste, bacia do Ribeirão Quilombo e Setor de Drenagem do Rio Atibaia.