Estacão Ecológica do Tripuí
A estação Ecológica do Tripuí (E. E. T.) foi legalmente instituída no ano de 1978 sendo a primeira estação ecológica criada pelo governo do estado de Minas Gerais, no começo a estação pretendia preservar uma parcela desse território devido a presença do Peripatus acacioi , um invertebrado vermiforme categorizado em extinção do filo Onychophora, e apresentando características basais,sendo importante elo para se entender a filogenia do agrupamento dos invertebrados. Também são conhecido popularmente como verme-aveludado, e em toda extensão territorial brasileira os onicoforas são encontrados apenas nessa pequena parcela de Minas Gerais , por isso a importância da criação da Estação Ecológica. Além desse belo exemplar a E. E. T. abriga cerca de 16 outras espécies em risco de extinção, 258 especies de aves , 11 tipos de anfíbios , 51 espécimes de cobras sendo 5 peçonhentas, para mamíferos ainda não foram feitos levantamento para quantificar a quantidade dessa classe na região , mas espécies como tapeti (Sylvilagus brasiliensis), tatu-galinha (Dasypus novemcinctus) e lobo-guará (Chrysocyon brachyurus são avistados na Estação.
A Estação E. Tripuí reúne características peculiares em sua composição vegetacional, ela esta situada em uma área de transição dos biomas Mata Atlântica para Cerrado , tendo também varias fitofisionomias distintas dentro de si , ou seja varias composições de vegetação como áreas de Zonas Úmidas sendo principalmente de brejos, Campo Limpo e Campo Sujo, áreas com Campo Rupestre e Florestas Mesofilas. Somando esse fator juntamente com o número de espécies já categorizado em risco de extinção a Unidade se concretiza pela lei Federal de Nº 6902 de 27.04.81 sendo uma área representativa de ecossistema brasileiro destinada ao desenvolvimento de pesquisas básicas e aplicadas de ecologia, à proteção do ambiente natural e à educação conservacionista, Além de possuir uma grande importância na bagagem histórica dos mineiros.
Estacão Ecológica do Tripuí |
Esfera Administrativa: Federal |
Estado: Minas Gerais |
Município: Ouro Preto (MG) |
Categoria: Estação Ecológica |
Bioma: Cerrado |
Área: 132,0 ha |
Diploma legal de criação: Decreto n.° 157 (24/04/1978) e Decreto n.° 21.340 (04/06/1981) |
Coordenação regional / Vinculação: Fundação Estadual do Meio Ambiente - FEAM |
Contatos: .Gerencia da Estação Ecológica do Tripuí,
.Localização: Vale do Córrego Tripuí .Administração: Fundação Estadual do Meio Ambiente - FEAM .Telefone: (31) 3334-3775 .Fax: (31) 3344-1863 Informações: Caixa Postal 116 - Ouro Preto, MG |
Índice
Localização
.Localizado no estado de Minas Gerais , no municipio de Ouro Preto, entre o meridiano 43o 34' 33" Long. W e o paralelo 20o 23' 45" Lat. S.
Como chegar
Ingressos
Na E. E. T. a visitação e feita de forma orientada com todos os integrantes devidamente credenciados pela Secretaria Municipal de Turismo da Prefeitura Municipal de Ouro Preto. Sendo as visitas escolares nos dias de Terças-Feiras e as Quintas-Feiras, e a comunidade em geral preferencialmente as Segundas-Feiras, Quarta-Feira e Sexta-Feira, sendo estabelecida no máximo 80 pessoas por visitação. O agendamento tem que ser feito com no mínimo 20 dias de antecedência e pode ser feito pelo contato (31) 3295-7005.
Onde ficar
A Estação Ecológica do Tripuí localiza-se no Município de Ouro Preto na BR 356, KM 91, aproximadamente 90km a sudeste de Belo Horizonte, pelas rodovias BR-040 e BR-356, a 4km da cidade de Ouro Preto.
Objetivos específicos da unidade
-Priorizar o desenvolvimento de pesquisas básicas e aplicadas fundamentais para o manejo e preservação dos recursos naturais da Unidade de Conservação, especialmente o Peripatus acacioi.
-Favorecendo a aplicação de práticas conservacionistas.
-Dotar a E.E.T. de infraestrutura adequada para a execução dos serviços públicos inerentes às suas funções.
-Incentivar o interesse público na participação e desenvolvimento de atividades educativas e conservacionistas.
-Programar ações de fiscalização que assegurem o controle e proteção do meio natural.
-Identificar as atividades antrópicas existentes no interior e no entorno da E.E.T.
Histórico
Atrações
Aspectos naturais
.Encontra-se entre os ‘Domínios da Floresta Atlântica e dos Cerrados’, apresentando como principais tipos fisionômicos as florestas mesófilas (estacionais semidecíduas), campo limpo e campo sujo de cerrado, vegetação aquática - brejos, lagoa artificial e córregos - e o ‘candeial’, correspondente à formação pioneira de Vanillosmopsis erythropappa, que se estabelece após a perturbação da floresta mesófila.
Relevo e clima
. A Estação Ecológica do Tripuí está inserida em uma região de domínio climático do tipo Subtropical Moderado Úmido, segundo Golfari (l975) e do tipo CWb, segundo a classificação de köppen. Este clima, com precipitações abundantes no verão, cujas médias variam de l450 a l800 mm, aliado ao fator estrutural e litológico, foi o responsável pela conformação do relevo regional e local, caracterizado pelo alto grau de encaixamento da drenagem. As temperaturas são frias com a média anual variando de l7° a l8,5° C, chegando a atingir nos meses mais frios, l3,5° C. Observações locais já registraram índices de temperaturas inferiores a 0° C, com ocorrência de geadas.
Fauna e flora
FAUNA: A estação foi criada para preservar o Peripatus acacioi, raro animal invertebrado, considerado um fóssil vivo, porem encontra-se também cascavel, jararaca, lagarto teiú, ema, seriema, joão-de-barro, anu-preto, curicaca, urubu-caçador, urubu-rei, araras, tucanos, papagaios, gaviões, tatu-peba, tatu-galinha, tatu-canastra, tatu-de-rabo-mole, tamanduá-bandeira, tamanduá-mirim, veado-campeiro, anta, cachorro-do-mato, lobo-guará, jaguatirica e onça-parda.
FLORA: As principais espécies da flora são a Palmeira Imperial, o Cedro, a Embaúba, o Jacarandá e a Candeia.
Problemas e ameaças
A pesar dos morados da E. E. T. manter uma boa convivência com a unidade e sua conscientização ser satisfatória, existe algumas reclamações vindo da população nativa da região a maioria delas relacionada com o grande fluxo de visitante causando poluição sonora, hídrica e visual. Além disso, foram identificados outros problemas de atividade incompatível ao Plano de Manejo, que podem ameaçar os objetvos da UC. tais como:
- O que aumentou o numero de espécies de animais domésticos na região, sendo incluídas outras oito novas espécies. - O uso inadequado dos lagos e no Córrego do Tripuí. -Limpeza da área de pastagem por fogo. - Travessia irregular de Muares carregadas de lenda da Unidade. -Transito intenso de veículos. - Captura de animais silvestre, principalmente de aves ( pintassilgo, sanhaço, sabiá, trinca-ferro, canário-chapinhae etc.). - Caça -Situação Fundiária com pendências. Os moradores das áreas dentro da Unidade não entraram em conflito com a Estação, desde que o governo dê uma indenização satisfatória para os moradores. -Fiscalização deficiente. Um dos motivos é o baixo numero de funcionários que a Unidade pode manter.
Fontes
.Plano de Manejo da Estação Ecológica do Tripuí, vol. I
.Artigo : FLORÍSTICA E FITOSSOCIOLOGIA DA ESTAÇÃO ECOLÓGICA DO TRIPUÍ, OURO PRETO, MG