Floresta Nacional do Tapajós

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Floresta Nacional do Tapajós
Esfera Administrativa: Federal
Estado: Para
Município: Placas, Rurópolis, Belterra, Aveiro
Categoria: Floresta
Bioma: Amazônia
Área: 549.066,87 hectares
Diploma legal de criação: Decreto nº 73.684 de 19 de fevereiro de 1974

Lei nº 12.678 de 25 de junho de 2012

Coordenação regional / Vinculação: Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - CR3 – Itaituba
Contatos: Gestor: Fabio Menezes de Carvalho

Endereço da Unidade: Av. Tapajós 2267
CEP: 68040000
Bairro: Laguinho
UF: PA
Cidade: Santarém
Telefone: (93) 35232964
E-mail: flonatapajos.pa@ibama.gov.br

Localização

A Floresta Nacional do Tapajós está localizada no oeste do Estado do Pará. A Unidade possui os seguintes limites: a oeste, o Rio Tapajós; a leste, a Rodovia BR-163; ao norte, a linha seca que passa pelo marco 50 (50km) da Rodovia BR-163; ao sul, o Rio Tinga e Rio Cupari. Tem como pólo econômico mais próximo a cidade de Santarém, cerca de 50 km da Unidade de Conservação, pela Rodovia BR-163.

A capital mais próxima é Belém, localizada aproximadamente há 700 km de Santarém, onde se encontra a Unidade administrativa da Floresta Nacional do Tapajós, que conta com aeroporto com voos diários, rede hidroviária, hotéis, agências bancárias, correios, hospitais, restaurantes, farmácias, oferecendo estrutura para receber visitantes.

Como chegar

Existem voos aéreos diários para Santarém e barcos proveniente de Manaus e de Belém. Depois de chegar em Santarém o visitante pode ir a Floresta Nacional do Tapajós de carro com tração, ônibus ou barco, dependendo da comunidade. Para quem vai por terra, há as casas de comunitários que se dispõem a receber o visitante e redários. Quem vai de barco normalmente se hospeda nele mesmo. Não esqueça de levar sua rede.

Na comunidade o visitante encontra a farinha, peixes e frutas da época. São poucas as mercearias. É importante levar alimentação se for a Flona de ônibus ou de carro, ou avisá-la com antecedência de sua chegada.

Opções de transporte coletivo:

Dia Local saída Horário de Saída Ponto de Chegada Horário da Volta
Segunda a Sábado

Jamaraquá

4h30min

Santarém - Av. São Sebastião
(próx. Colégio Santa Clara)
11h00min

6h00min

14h30min
Domingo Santarém - Av. São Sebastião
(próx. Colégio Santa Clara)
7h00min Jamaraquá 16h00min

Importante: O valor da passagem FLONA - Santarém é de R$ 9,00. Com este valor, não há cobrança de transporte de bagagens e mercadorias, em pequenas quantidades. Para comerciantes, há cobrança de frete de mercadorias.

Ingressos

A Floresta Nacional do Tapajós pode ser visitada durante o ano todo, porém o verão regional, de julho a dezembro, é um período muito propício para a visitação, já que as praias são um grande atrativo.

Horários e Tarifas:

O horário de funcionamento é integral na Unidade, exceto na Comunidade de São Domingos, cuja entrada de visitantes inicia-se às 08h00 e termina às 18h00.

O valor de ingresso individual diário conforme a portaria do ICMBio Nº 211 de 10 de julho de 2013:

Valor do Ingresso R$ 13,00
Desconto Brasil (50%)* R$ 6,50
Desconto Entorno (90%)** R$ 1,30
Brasileiros maiores de 60 e menores de 12 anosISENTOS

* Brasileiros e estrangeiros residentes no Brasil.
** Moradores dos municípios: Santarém, Mojuí dos Campos, Belterra, Aveiro, Rurópolis e Placas.

Há duas formas de aquisição de ingressos para os visitantes:

  • No escritório do ICMBio: Avenida Tapajós, 2201- Laguinho.CEP: 68.040-000, Santarém- PA. E-mail: flonatapajos.pa@gmail.com. Telefone: (93) 3522-0564.
  • Nas 07 (sete) bases de monitoramento, 05 (cinco) localizadas nos Km 67, 72, 83, 117 e 211 da Rodovia BR-163, 01 (uma) no corredor ecológico e 01 (uma) na Comunidade São Domingos.

Onde ficar

Agências de turismo cadastradas pelo ICMBio para visitações na Flona:

GreenTur
Avenida Cuiabá 649B - Liberdade
Fone: 93 3523-2423/2424
FAX: 93 3523-2401
email: info@greentur-viagens.com.br
Mãe Natureza
Ilha Guajará - Alter do Chão -
Fone: 93 3527-1264
e-mail:maenatureza@uol.com.br
Sararaca Passeios
Rua Idinaldo Martins s/n - Alter do Chão
Fone: 93 9121-7113
Santarém Tur
Av. Adriano Pimentel 44 - Centro
Fone: 93 3522-4847/3523-1840/3523-5140
Santarém Palace Hotel
Av. Rui Barbosa 726
Fone: 93 3523-2820/Fax: 3522-1779
e-mail: stmpalace@netsan.com.br
RENATUR - Renato Turismo, Transporte e Serviços
Av. Rui Barbosa 2009 - Aldeia
Fone/fax: 93 3522-3681

Objetivos específicos da unidade

Uso múltiplo sustentável dos recursos florestais e a pesquisa científica, com ênfase em métodos para exploração sustentável de florestas nativas.

Histórico

Atrações

De acordo com o Plano de Manejo da Unidade, as áreas permitidas a visitação são as seguintes: Área Populacional, Área de Manejo Florestal Madeireiro, Área de Manejo Florestal não-madeireiro, Corredor Ecológico e Área Administrativa.

São desenvolvidas atividades de caminhada, banhos no rio e igarapés, visita a projetos comunitários e de pesquisa, passeios de canoa, flutuação e contato com a cultura local. Um guia local acompanha os turistas em todas as atividades na comunidade.

O visitante encontrará, ainda, artesanatos diversos feitos pela comunidade que reside na Floresta Nacional, tais como cestaria de palha, colares de sementes, objetos com o ouriço da castanha-do-Pára, animais em madeira, bolsas de couro ecológico e móveis de madeira com formato de animais, além de óleos vegetais e mel.

São sete o número de comunidades envolvidas nas atividades de Ecoturismo na Floresta Nacional do Tapajós: • Maguari;
• Jamaraquá;
• Tauari;
• Pini;
• Prainha;
• Paraíso;
• Itapuama

O turista deve trazer seu protetor solar, óculos de sol, repelente, roupas e calçados confortáveis e adequados à trilha, binóculos, boné ou chapéu e capa de chuva. Em caso de ser alérgico, deve-se levar os medicamentos pessoais.

Se optar pelo transporte de barco, o turista deverá levar seu lixo produzido de volta à cidade ou encaminhá-lo a um lugar adequado na comunidade. O lixo é um material poluente que causa sérios danos a aos animais, plantas e a água

Devem ser tomados cuidados ao se tomar banho nos igarapés e rio devido à presença de raias, jacarés. Em passeios de canoa pela floresta, deve-se evitar tocar nos arbustos pois existem animais difíceis de serem vistos. Deve-se usar sempre colete salva-vidas. Para aumentar as chances de avistar animais, é preferível fazer silêncio e não usar roupas de cores muito fortes.

Como o turista/visitante conhecerá uma área de proteção ambiental com população tradicional residente, alguns itens devem ser observados, tais como: não retirar qualquer material da Unidade, como plantas, ovos, flores, animais, sementes, peças arqueológicas etc pois é proibido; e não entrar em residências, nem tirar fotos ou fazer filmagens das pessoas sem a permissão prévia destas.

Aspectos naturais

A Floresta Nacional do Tapajós é conhecida por suas belezas naturais. O grande rio que banha as terras ribeirinhas muda de cor a cada hora do dia - ficando azul, amarelo, laranja, vermelho e prateado. Também muda de tamanho. No inverno, quando chove bastante, fica bem cheio formando os igapós. De canoa é possível andar no meio da floresta. Já no verão, o rio baixa, fica encolhidinho, quando aparecem as praias com suas areias brancas possibilitando a atividade da piracaia. A água é transparente e limpa, repleta de peixes de diferentes espécies.

Nos lagos, perto dos burutis, encontram-se tracajás, jacarés e pássaros alguns raros. Os igarapés que cortam as terras da Flona têm águas frias e limpas, propícias para um bom banho. Ao seu redor tem açaizais, bacabais e outras palmeiras que são importantes fontes de alimento.

Subindo a serra o turista/visitante pode admirar a floresta, com árvores altas e grossas, como a sumaúma. Tem madeira de lei como o cedro, o jatobá e outras que fornecem óleos como a andiroba e a copaíba, além de seringueiras, cortadas na diagonal para se extrair seu leite. São tantas espécies, com frutos tão diferentes, que é difícil conhecer todas, mas pode-se avistar castanhas do Pará e a sapucaia.

Vegetação

Na amplitude de seus quase 600 mil hectares, a FLONA do Tapajós abriga vários tipos de florestas. Dubois (1976) reconheceu seis tipos, quais sejam: 1) floresta tropical densa com árvores emergentes e relevo plano; 2) floresta tropical densa com árvores emergentes e relevo dissecado em colinas e ravinas; 3) floresta tropical aluvial (caracteriza-se por permanecer parte do ano inundada, pela variedade de espécies florestais de porte mediano e ocorrência de alguns indivíduos de menor porte); 4) floresta tropical aberta com palmeiras e cipós e relevo plano; 5) floresta tropical aberta com palmeiras e cipós e relevo dissecado em colinas e ravinas e 6) florestas secundárias (capoeiras), principalmente ao longo de suas fronteiras e vias de acesso. Complementando essa diversidade de tipos de florestas, outros autores identificam a ocorrência de várias espécies exclusivas da Amazônia, classificadas fitogeograficamente como “hylaea” sulina (Ducke & Black, 1953), setor sul (Rizzini, 1963), baixo Xingu-Tapajós (Hueck, 1953) e Xingu-Madeira (Prance, 1973, 1977). Apesar de existirem diferenças quanto aos limites em cada uma de tais classificações, todas têm em comum o limite norte definido pelo rio Amazonas (adaptado de PADOVAN, 2002). A presença marcante de florestas de terra-firme, que compreendem aproximadamente um terço da área total da FLONA do Tapajós, confere a esta Unidade de Conservação grande representatividade em termos de Amazônia, já que suas “florestas de terra-firme são as formações florestais dominantes na Amazônia brasileira cobrindo aproximadamente 200 milhões de hectares, que corresponde a 60% da área total da região.

Os ecossistemas presentes na UC são representativos em termos de área e estado de conservação, predomina a floresta tropical densa com árvores emergentes, seguida de floresta tropical com palmeiras. A floresta tropical aluvial também está bem representada em toda a margem direita do rio Tapajós e no vale do rio Mojú”. Como exemplo de espécies de florestas de Terra Firme, temos: aquariquara (Minguarita guianensis), açacu (Hura creptans), andiroba (Carapa guianensis), angelim-pedra (Dinizia excelsa Duque), babaçu (Orbignia martiana), bacaba (Oenocarpus bacaba), breu (Protium spp.), buriti (Mauritia flexuosa), carapanaúba (Aspidosperma carapanaúba), casca-preciosa (Aniba canelilla), castanha-sapucaia (Lecythis paraensis), castanheira (Bertholletia excelsa H.B.K), copaíba (Copaifera Ducke), cumaru (Coumarouma odorata), envira (Xilopia spp.), faveira (Vatairea paraensis), freijó (Cordia goeldiana), inajá (Maximiliana regia), ipê (Macrolopium campestre), itaúba (Mezilaurus itauba), andiroba (Carapa guianensis), jenipapo (Genipa americana), ingá (Inga disticla), louro-da-várzea (Nectandra amazonium), taperebá (Spondia lutear), sumaúma (Ceiba pentandra) e buriti (Mauritia flexuosa).

Relevo e clima

Fauna e flora

Problemas e ameaças

Fontes