Parque Nacional do Monte Roraima

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Nome da Unidade: Parque Nacional do Monte Roraima

Bioma: Amazônia e Cerrado

Área: 116.000 hectares

Diploma legal de criação: Decreto n° 97.887 de 28 de junho de 1989.

Coordenação regional / Vinculação: Parna federal, órgão gestor ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade)

Contatos:

Tel: (95) 3592-1085
Endereço sede: Av. Panamericano,s/n
Centro, Pacaraima, Roraima
CEP: 69.345-000
Email: parnamroraima@supes_rr.ibama.gov.br

Localização

O Parque Nacional do Monte Roraima está localizado no extremo norte do estado de Roraima. A unidade situa-se na região de fronteira entre Brasil, Venezuela e Guiana.

Como chegar

O acesso ao Parque Nacional de Monte Roraima pode ser feito a partir de Boa Vista, pela BR-174 com destino ao BV8, uma distância de 213 km. Deste ponto até Santa Elena de Uairen/Venezuela são mais 13km por estrada asfaltada.

De Santa Elena de Uairen, existem duas alternativas para se chegar ao Monte Roraima. A primeira consiste em seguir de helicóptero, e se deslocar para o Monte Roraima, em aproximadamente 30 a 45 minutos de voo.

A segunda opçõe é de se deslocar até Paraitepuy de carro traçado por aproximadamente duas horas. De Paraitepuy segue-se 22km até a base do Monte Roraima. Essa caminhada leva o dia inteiro. Da base do Monte desloca-se até o ponto chamado Hotel, durante 6 horas de caminhada, onde pernoita-se. Do Hotel até o ponto BV0 são mais 6 horas de caminhada.

Ingressos

A visitação pública é controlada e a prioridade é para as pesquisas e grupos de estudos.

Não há estrutura de visitação.

Onde ficar

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Objetivos específicos da unidade

Como objetivo específico, a unidade pretende servir como banco genético de espécies vegetais e animais, além de garantir a evolução natural dos ecossistemas protegidos do Parque. A proteção das espécies da flora endêmicas, raras e vulneráveis ou ameaçadas de extinção é também um dos objetivos da UC, assim como a preservação das nascentes das bacias do rio Cotingo e Uailan.

O fomento à pesquisa, ao monitoramento ambiental e a valorização de sítios arqueológicos da região e o resgate cultural indígena das terras Raposa Serra do Sol fazem parte dos objetivos específicos.

Histórico

O Parque foi criado pelo Governo Federal no âmbito da homologação da Terra Indígena Raposa Serra do Sol. Antes da criação da UC, já existia uma área indígena nas terras ao redor, Ingaricó. O Monte Roraima é considerado pelos povos indígenas venezuelanos (Pémons) e brasileiros (Ingaricó e Macuxi) como “A Casa de Macunaíma”. Os Pémons chamam ainda de “Mãe de todas as Águas”.

A área do Parque abrigava tribos indígenas. Os primeiros registros de explorações na região datam do final do século 16 quando o inglês Sir Walter Raleigh cruzou a floresta na região da Guiana e chegou à base do Monte Roraima em busca de riquezas minerais. O local onde o Parque se situa inspirou o escritor escocês Arthur Conan Doyle a escrever o best-seller literário, “O Mundo Perdido”, no início do século 20.

O Parque Nacional do Monte Roraima apresentar menos de 10% do Monte Roraima em território nacional. Várias expedições no passado tentaram alcançar o topo do Monte Roraima, destacando-se: Schomburgk (1840), o viajante inglês Everard Thurn em 1884; o geólogo H.I. Perkins em 1894. A Comissão de limites Guiana Britânica-Venezuela; as expedições do General Rondon de Inspeção de Fronteiras e a de Mr.Tate, em 1927; e a comissão demarcadora de limites do Brasil, Venezuela e Guiana Britânica em 1931.

Atrações

O Parque não está aberto à visitação pública, mas é possível realizar visitas controlas com autorização prévia do Ibama.

Do alto do Monte Roraima que tem 2.875 metros de altitude, é possível observar a formação geográfica caracterizada por grandes fendas. A trilha para o Monte é de grande dificuldade e exige experiência dos visitantes.

Um grande atrativo são as cachoeiras que despencam dos temuis. Uma delas, o Salto Angel, é a maior queda d´água do mundo com 979 metros. Devido às constantes chuvas, a região possui inúmeras pequenas lagoas e rios, como o Cotingo.

Aspectos naturais

O Monte Roraima faz parte do Maciço Paracaíma, que começou a surgir há cerca de 1,8 bilhões de anos. A área do Parque é coberta por formações de floresta amazônica abrigando uma grande diversidade de fauna e flora. Estima-se que a vegetação dessa região, ainda com pouca incidência de pesquisas científicas, formou-se há 120 milhões de anos e reúne mais de duas mil espécies diferentes de plantas.

Com 2.875 metros de altitude, o Monte Roraima é o marco divisor da tríplice fronteira entre Brasil, Venezuela e Guiana.

Relevo e clima

O clima na região é tropical chuvoso com nítida estação seca. A temperatura varia entre 24 e 26°C.

O relevo é aplainado com recorte. O Monte Roraima brasileiro é a parte sul de um dos conjuntos de planaltos areníticos tabulares existentes na fronteira com a Venezuela, onde recebem os nomes de Ayam Tepui e Uei Assipu.

A região é formada de grande mesa de topos geralmente aplainados, que representam relevos residuais, que se estendem ao norte, em territórios da Venezuela e Guiana. Suas altitudes variam de 1.000 e 3.000 metros aproximadamente, encontrando-se os dois pontos culminantes do país: serra da Neblina com 3.000 m e o Monte Roraima com 2.875 m.

O Monte Roraima situado no extremo noroeste da área, no conjunto da serra Pacaraíma é representado por pequena área em território brasileiro. Constitui uma grande mesa de topo horizontalizado, com formato irregular. Outros relevos estruturais ocorrem nos seus arredores como a serra do Sol, à sudeste, com 2.400 m de altitude.

Fauna e flora

A fauna é típica da região amazônica caracterizada por espécies de quelônios e mamíferos. Pouco se sabe sobre a fauna do Parque Nacional de Monte Roraima, pois nenhum levantamento detalhado foi realizado até o momento na área. No entanto, devido a riqueza de ambientes e tipos vegetacionais, é de se esperar que a fauna da região seja bastante rica em diversidade de espécies.

Essa heterogeneidade se deve à grande quantidade de chuvas, às variações de altitudes que contribuem para a grande diversidade e para a presença de espécies endêmicas.

Na década de 90, foram identificados 114 espécies de animais na região do rio Cotingo. Dentre eles tem-se 34 espécies de mamíferos, 46 de aves, 21 de répteis e 3 de anfíbios.

Problemas e ameaças

A UC está 100% sobreposta à terra indígena Raposa Serra-do-Sol. Há várias atividades conflitantes com os objetivos de criação da Unidade, como a caça promovida por povos indígenas e o garimpo de diamante. As atividades conflitantes são, em grande parte, desenvolvidas pelos moradores na região e principalmente pelos índios Ingarikó. Existem vestígios de lavra de diamante no Monte Roraima.

Fontes

http://observatorio.wwf.org.br/unidades/cadastro/312/

http://www.icmbio.gov.br/portal/biodiversidade/unidades-de-conservacao/biomas-brasileiros/amazonia/unidades-de-conservacao-amazonia/1984-parna-do-monte-roraima

Decreto de Criação: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1980-1989/D97887.htm

Plano de manejo: http://www.icmbio.gov.br/portal/images/stories/imgs-unidades-coservacao/ENC5_zona%20de%20transi%C3%A7%C3%A3oo1.pdf

http://360graus.terra.com.br/ecoturismo/default.asp?did=6662&action=reportagem

http://www.brasil.gov.br/localizacao/parques-nacionais-e-reservas-ambientais/parque-nacional-do-monte-roraima-2013-rr

http://ecoviagem.uol.com.br/brasil/roraima/parque-nacional/monte-roraima/