Mudanças entre as edições de "Reserva Biológica Nascentes da Serra do Cachimbo"

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|Introducao=A Reserva Biológica Nascentes da Serra do Cachimbo foi criada em 2005, com uma área de 342.477,60 hectares. A Rebio garante a manutenção de grandes blocos de vegetação nativa na região do Arco do Desmatamento, às margens da BR – 163, mantendo, inclusive, a diversidade genética das formações florestais que sofrem maior pressão de exploração econômica. A Rebio Nascentes da Serra do Cachimbo possui significativa importância ambiental, principalmente por proteger centenas de nascentes perenes, formadoras de importantes rios das bacias do Xingu e do Tapajós e, também, devido à sua heterogeneidade e peculiaridade ambiental.
 
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Edição atual tal como às 20h59min de 28 de novembro de 2017

A Reserva Biológica Nascentes da Serra do Cachimbo foi criada em 2005, com uma área de 342.477,60 hectares. A Rebio garante a manutenção de grandes blocos de vegetação nativa na região do Arco do Desmatamento, às margens da BR – 163, mantendo, inclusive, a diversidade genética das formações florestais que sofrem maior pressão de exploração econômica. A Rebio Nascentes da Serra do Cachimbo possui significativa importância ambiental, principalmente por proteger centenas de nascentes perenes, formadoras de importantes rios das bacias do Xingu e do Tapajós e, também, devido à sua heterogeneidade e peculiaridade ambiental.


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Reserva Biológica Nascentes da Serra do Cachimbo
Esfera Administrativa: Federal
Estado: Para
Município: Altamira (PA), Novo Progresso (PA)
Categoria: Reserva Biológica
Bioma: Amazônia
Área: 342.477 hectares
Diploma legal de criação: Decreto Federal s/nº, de 20 de maio de 2005.
Coordenação regional / Vinculação: Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) - CR3 – Itaituba
Contatos: Telefone: (93) 35184519

E-mail da UC: rodrigo.printes@icmbio.gov.br

Localização

A Reserva Biológica Nascentes da Serra do Cachimbo localiza-se nos municípios de Altamira e Novo Progresso, no sul do estado do Pará.

Como chegar

O acesso terrestre é feito exclusivamente pela BR 163 – Cuiabá-Santarém. Da divisa do Mato Grosso com o Pará, até o início dos seus limites, são aproximadamente 20 km. O município de Guarantã do Norte-MT, é o mais próximo da RBNSC (51 km) e o que exerce maior influência na área. A sede dos municípios de Altamira e Novo Progresso ficam há 985 km e 187 km dos limites da Reserva, respectivamente.

Além da BR 163, uma outra possibilidade de acesso à RBNSC é por meio da pista de pouso do Campo de Provas Brigadeiro Veloso (CPBV/FAB).

Ingressos

Não há visitação na Rebio.

Onde ficar

Os municípios paraenses de Altamira e Novo Progresso estão localizados próximos à unidade e oferecem diversas opções de hospedagem.

Objetivos específicos da unidade

Preservação integral da biota e demais atributos naturais existentes em seus limites, sem interferência humana direta ou modificações ambientais, excetuando-se as medidas de recuperação de seus ecossistemas alterados e as ações de manejo necessárias para recuperar e preservar o equilíbrio natural, a diversidade biológica e os processos ecológicos naturais.

Histórico

A Reserva Biológica Nascentes da Serra do Cachimbo, unidade de conservação de proteção integral, foi criada pelo Decreto Federal de 20 de maio de 2005, com uma área de 342.477,60 hectares. A Rebio garante a manutenção de grandes blocos de vegetação nativa na região do Arco do Desmatamento, às margens da BR – 163, mantendo, inclusive, a diversidade genética das formações florestais que sofrem maior pressão de exploração econômica.

A denominação “Serra do Cachimbo” deve-se à geomorfologia da região, pois a RBNSC está localizada no chamado Complexo do Cachimbo, formado pelo conjunto de uma serra e uma chapada. Este complexo geomorfológico destaca-se na região por apresentar as maiores cotas altimétricas, chegando aos 743m, numa região onde as altitudes comumente não ultrapassam os 200 metros.

Atrações

A Rebio Nascentes da Serra do Cachimbo não está aberta à visitação.

Aspectos naturais

A Rebio Nascentes da Serra do Cachimbo possui significativa importância ambiental, principalmente por proteger centenas de nascentes perenes, formadoras de importantes rios das bacias do Xingu e do Tapajós e, também, devido à sua heterogeneidade e peculiaridade ambiental. As nascentes, originadas principalmente no domo arenítico, encoberto por Campinarana, formam as bacias dos rios Água Fria, Flecha, Curuaés, Curuá, Ipiranga, Iriri, Xixé, Anta (Cristalino), Braço Sul e São Bento.

Relevo e clima

Relevo

A área da Reserva apresenta significativa variação de declividade, na ordem de 38°, embora sua média seja de apenas 3°, o que demonstra a peculiaridade do seu padrão morfológico, formado por uma chapada, com topo plano e encostas abruptas, com altitudes entre 250mnm e 708mnm, o que a distingue do relevo do entorno.

Estes valores são bastante significativos para a região amazônica, representando um importante divisor de águas entre as grandes bacias hidrográficas dos rios Xingu e Tapajós. Essas características também determinam a formação de inúmeras corredeiras e cachoeiras que definem a dinâmica dos rios, influenciando as comunidades da fauna local, principalmente de peixes, influenciando também a paisagem e as fitofisionomias.

Clima

A localização da Serra do Cachimbo nas adjacências do Equador geográfico, situa-se na transição da zona equatorial para a tropical. Em termos regionais, além da latitude, as massas de ar e a cobertura do terreno (destacadamente a presença da Floresta Amazônica) têm papel decisivo na elaboração dos quadros mesoclimáticos.

Fauna e flora

Vegetação e flora

Há grande riqueza de espécies vegetais (cerca de 750 espécies catalogadas), em ambientes sub-montanos de Floresta Ombrófila Densa e Aberta, Floresta Estacional e Floresta Aluvionar e extensos encraves de áreas abertas com Campinarana, além de manchas de Vegetação Rupestre e Buritizais.

Fauna

Uma das principais particularidades da Reserva é a proteção da riqueza e da composição das populações e comunidades que vivem nesses variados ambientes, tais como:

- populações de espécies endêmicas regionais ou macro-regionais: uma espécie de lambari (Astyanax sp.), cinco espécies de anuros (Bufo castaneoticus, Dendrobates castaneoticus, D. galactonotus, Hyla anataliasiasi e Hyla inframaculata), duas de cecílias (Nectocaecilia ladigesi e Typhlonectes obesus), sete de lagartos (Arthrosaura kockii, Cercosaura ocellata ocellata, Kentropyx calcarata, Leposoma guianense, Neusticurus bicarinatus, Tretioscincus agilis e Uracentron azureum azureum), 22 de aves (entre elas Pipile cujubi, Psophia viridis, Pionopsitta aurantiocephala, Phaethornis aethopyga, Pipra nattereri, Iodopleura isabellae, Lanio versicolor e Tangara nigrocincta) e uma de mamífero (Ateles marginatus).

- espécies de aves de ocorrência geográfica bastante restrita e que foram recentemente descritas, como o papagaio-dos-garbes (Amazona kawalli), papagaio-de-cabeça-laranja (Pionopsitta aurantiocephala), rabo-branco-de-garganta-escura (Phaethornis aethopyga) e a choca-bate-cabo (Thamnophilus stictocephalus).

- espécies ameaçadas de extinção, segundo lista do IBAMA/MMA (2003), tais como a águia cinzenta (Harpyhaliaetus coronatus), arara-azul-grande (Anodorhynchus hyacinthinus), araçari-de-pescoço-vermelho (Pteroglossus bitorquatus), tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla), tatu-canastra (Priodontes maximus), coatá-da-cara-branca (Ateles marginatus), ariranha (Pteronura brasiliensis), jaguatirica (Leopardus pardalis), gato-do-mato-pequeno (Leopardus tigrinus), gato-maracajá (Leopardus wiedii) e onça-pintada (Panthera onca).

A importância da Reserva também é significativa para a conservação / proteção de espécies da fauna sob forte pressão de caça ou pesca como o peixe elétrico (Electrophorus electricus), pintado (Pseudoplatystoma sp.), surubim (Pseudoplatystoma sp.), jaú (Paulicea luetkeni), tucunaré (Cichla sp.), jabutis (Geochelone carbonaria e G. denticulata), crocodilianos (Caiman crocodilus e Paleosuchus palpebrosus), cujubi (Pipile cujubi), mutum cavalo (Mitu tuberosa), roedores (Hydrochaeris hydrochaeris, Cuniculus paca e Dasyprocta leporina), veados (família Cervidae), caititus (Pecari tajacu) e antas (Tapirus terrestris) e espécies utilizadas no tráfico de animais silvestres, entre elas, a jibóia (Boa constrictor), a sucuri (Eunectes murinus), a iguana (Iguana iguana), jabutis (Geochelone carbonaria e G. denticulata), diversas espécies de aves (falconiformes, psitacídeos, tucanos e araçaris e diversos pássaros), preguiças e primatas e para garantir os processos migratórios sazonais de peixes de valor econômico, tais como: matrinxã (Brycon sp.), tucunaré (Cichla sp.), pintado e cachara (Pseudoplatystoma sp.).

Problemas e ameaças

Entre as atividades conflitantes registradas na Rebio estão: a presença humana na área; ações atuais de alteração do ambiente como pastagens, fogo, estradas e buchas; construção de duas pequenas centrais hidrelétricas junto ao limite da UC; passagem de linha de transmissão.

Fontes

Plano de Manejo

http://www.icmbio.gov.br/portal/unidadesdeconservacao/biomas-brasileiros/amazonia/unidades-de-conservacao-amazonia/2002-rebio-nascentes-da-serra-do-cachimbo

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