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Edição atual tal como às 01h49min de 2 de maio de 2018
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Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses |
Esfera Administrativa: Federal |
Estado: Maranhao |
Município: Barreirinhas, Santo Amaro do Maranhão, Primeira Cruz |
Categoria: Parque |
Bioma: Marinho Costeiro |
Área: 155.000 hectares |
Diploma legal de criação: Decreto nº 86.060, de 02 de junho de 1981. |
Coordenação regional / Vinculação: Parna federal, órgão gestor ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) |
Contatos: Tel: (98) 3349-1267 Endereço sede: Rua Cazuza Ramos, 328 |
Índice
Localização
O Parque está localizado costa semi-árida no norte do estado do Maranhão, a 370 km da capital São Luís, e abrange os municípios de Barreirinha, Santo Amaro do Maranhão, Primeira Cruz e Barreirinhas.
Como chegar
O acesso pode ser feito por via terrestre pela BR-135; por via marítima, entrando no canal do Rio Preguiças em Atins; e por via fluvial, a partir de Barreirinhas, através do Rio Preguiças.
Por via terrestre, saindo de São Luís, percorre-se 58 Km até Rosário, e depois seguir mais 22 Km até Morros e 162 Km até Barreirinhas, cruzando o trevo para Humberto de Campos.
Por via fluvial, adentra-se através do mesmo Rio Preguiças, a partir de Barreirinhas, onde se pode chegar até Atins, onde está uma sede administrativa. A sede do Parque fica a 2 Km de Barreirinhas, do outro lado do Rio Preguiças, onde se atravessa de balsa.
É possível ainda seguir em avião de São Luís para Barreirinhas, que recebe voos fretados que saem da capital, mas apenas para aeronaves de pequeno porte. De avião bimotor e monomotor, a partir de São Luís, chega-se a Barreirinhas em 50 minutos, em média.
Ingressos
Não há cobrança de ingresso.
O melhor período de visitação é de maio a setembro, em que as lagoas estão cheias.
Onde ficar
O município de Barreirinhas oferece opções de hospedagem aos visitantes. É possível buscar no site do governo do Estado do Maranhão: http://www.turismo.ma.gov.br/pt/polos/lencois/ficar.htm
Objetivos específicos da unidade
A UC tem como objetivo proteger as amostras representativas e ecossistemas terrestre e marinho, pois apresenta grandes campos de dunas costeiras formadas ao longo do período quaternário em áreas de transição da floresta amazônica, cerrado e caatinga.
Histórico
A proposição para criação do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses surgiu para preencher lacunas existentes no então sistema de Unidades de Conservação, como também objetivou conservar amostras de toda a diversidade de ecossistemas naturais do país, de forma a assegurar a continuidade dos processos evolutivos, preservando amostras de cada tipo de comunidade natural, paisagem geológica e geomorfológica, garantindo um meio diversificado para as futuras gerações e assegurando as funções de auto-regulação do ambiente.
A criação do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses foi baseada em uma proposta apresentada pelo projeto RADAMBRASIL, para preencher lacunas existentes no então sistema de Unidades de Conservação, bem como atendendo as reivindicações da comunidade científica e instituições que atuam na área ambiental do Estado do Maranhão.
O Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses foi criado em 02 de junho de 1981 e está inserido na região do litoral oriental maranhense, apresentando uma linha de costa regular e tendo parte de sua extensão coberta por uma vasta área de dunas de areia. Possui uma área de 155.000ha, abrangendo os municípios de Santo Amaro, Primeira Cruz e Barreirinhas.
A característica fisiográfica do Parque, devido apresentar uma área de relevo plano, constituído por areias quartzosas marinhas e cordões de imensas dunas de coloração branca, as quais assemelham-se a “lençóis jogados sobre a cama”, originou a denominação da Unidade de Conservação de Lençóis Maranhenses.
Atrações
O maior atrativo são as dunas, rios, lagoas e manguezais. A UC conserva um raro fenômeno geológico formado há milhares de anos. Apesar de assemelhar-se a um deserto, a região formada por dunas é banhada por inúmeros rios. Algumas das principais lagoas são: a Lagoa Azul e Lagoa Bonita (é preciso subir uma duna de 40 metros de altura para chegar à lagoa), Lagoa da Esperança, Lagoa da Gaivota, Lagoa da Betânia e a Lagoa das Emendadas.
Os povoados de Caburé, Atins e Mandacaru são pontos de parada. Em Barreirinhas, é possível visitar as praias Ponta do Mangue, Moitas, Vassouras, Morro do Boi e Barra do Tatu.
Aspectos naturais
A UC está inserida no Cerrado, mas apresenta grande influência da Caatinga e da Amazônia com espécies encontradas nestes três biomas. O Parque abriga ecossistemas diversos e frágeis, como restingas, manguezais e um campo de dunas que ocupa dois terços da unidade de conservação.
As dunas podem chegar a 20 metros de altura e os ventos sopram fortemente atingindo até 70 km/h, transportando dunas e remodelando a paisagem e criando complexos interlagunares.
Relevo e clima
O clima é tropical com temperatura média de 28° C e um regime pluviométrico que caracteriza a estação chuvosa e a seca.
O relevo é suavemente ondulado de cotas inferiores a 100 metros, onde se encontram extensos campos de dunas.
Fauna e flora
O Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses tem uma paisagem vegetal natural que ocupa predominantemente as bordas do mar de dunas que o compõem. Esta vegetação é composta de restinga, manguezal e comunidades aluviais, sendo, entretanto, a restinga a vegetação predominante do Parque, representando 89,4%, enquanto os manguezais representam apenas 10,2% e as comunidades aluviais (matas ciliares) 0,4%.
A flora dos Lençóis tem espécies de ampla utilidade, desde aquelas com propriedades medicinais, passando por plantas têxteis, taníferas, ceríferas e produtoras de óleo, além de madeiras úteis.
Já a fauna, abrigam-se aves migratórias como maçaricos, trinta-réis-boreal e marreca-de-asa-azul.
Nos manguezais destacam-se a jacaretingá, o veado-mateiro e a paca.
O conhecimento da herpetofauna no Maranhão é pequeno e fragmentado. Merece destaque o registro da ocorrência de tartaruga-pininga (Trachemys adiutrix). A espécie é endêmica para a área dos Lençóis Maranhenses e pertence a um gênero originalmente norte americano.
Durante o levantamento ornitológico foram registradas 112 espécies para a região do parque e áreas adjacentes, pertencentes a 16 ordens e 43 famílias. A região do Parque tem uma certa importância para as espécies migratórias da América do Norte, de onde chegam no período inicial do ano. Estas compreenderiam cerca de 15% da diversidade local. Por outro lado, esta relevância aparenta ser pequena, principalmente quando comparada com a costa centro-norte do Brasil, a qual inclui o litoral ocidental do Maranhão.
A diversidade de espécies de mamíferos também aparenta ser baixa, principalmente dentro dos limites do Parque. Na verdade, estes são observados com maior frequência nas áreas de entorno, principalmente em direção ao povoado de Boa Vista (segundo informes locais), ou seja, na vegetação de fisionomia tipicamente de Cerrado.
A grande maioria das espécies, tanto de aves quanto de mamíferos apresentam ampla distribuição geográfica, são relativamente comuns e têm baixa especificidade de habitat, tendo, portanto, um baixo grau de vulnerabilidade à extinção. Até o presente, foram registradas a ocorrência de quatro espécies consideradas ameaçadas de extinção pelo governo brasileiro, uma de ave e três de mamíferos: o guará (Eudocinus ruber), a lontra (Lontra longicaudis), o gato-do-mato/pintadinho (Leopardus tigrinus) e o peixe-boi-marinho (Trichechus manatus).
Problemas e ameaças
A criação de animais dentro do Parque representa uma atividade conflitante com os usos destinados a uma Unidade de Conservação. Cabras, porcos e gado bovino são encontrados em toda extensão do Parque, enquanto búfalos e cavalos estão mais restritos à área de Travosa e Santo Amaro. O intenso pastoreio destes animais não só reduz a disponibilidade de recursos para a fauna silvestre, como também pode alterar a composição florística.
A pesca industrial é realizada por barcos provenientes da frota de empresas sediadas em Belém (PA), Luís Correia (PI) e Camocim (CE). Estes barcos executam, pricipalmente, a pesca com arrastão de portas desde a foz do Rio Preguiças até a foz do rio Baleia, constituindo-se uma prática inadequada, conflitante e predatória, interferindo assim no recrutamento dos estoques pesqueiros.
A pesca de subsistência é realizada por moradores do interior e das proximidades do Parque. Embora ainda esporádica, há ocorrência de caça dentro da Unidade de Conservação, devido à vulnerabilidade de entrada no Parque com uma fiscalização deficiente. A pressão de caça é impactante sobre as populações de aves e mamíferos da região. A pressão de caça pode ter sido responsável pela ausência ou quase desaparecimento de espécies como o veado-catingueiro, a paca e a cutia.
As atividades extrativistas são exercidas dentro da área do Parque com a exploração de palmeiras de buriti, babaçu, tucum e carnaúba, das quais se extraem, principalmente, palha, cera, amêndoa e coco. Há ainda extrativismo de castanha de caju e de madeira para a produção de carvão e lenha.
Já a exploração de petróleo, iniciada na década de 70, com a instalação de tubulações e gasodutos, constitui uma ameaça em potencial, para a manutenção da integridade dos recursos naturais da região. Esta atividade conflitante ainda não assumiu dimensões preocupantes porque a prospecção realizada mostrou um combustível de baixa qualidade, inviabilizando a sua exploração de maneira econômica.
E ainda, a implantação do Pólo Ecoturístico dos Lençóis Maranhenses tem gerado especulação imobiliária na região do Parque e na área de amortecimento, com tendências de expansão turística e construção de casas de veraneio e complexos turísticos em zonas de criticidade ambiental constituídas por dunas, praias e restingas, com expropriação da população nativa.
Fontes
http://observatorio.wwf.org.br/unidades/cadastro/382/
https://www.facebook.com/parquelencoismaranhenses
Decreto de criação: http://www.icmbio.gov.br/portal/images/stories/imgs-unidades-coservacao/parna_lencois_maranhenses.pdf
http://www.icmbio.gov.br/parnalencoismaranhenses/
http://www.icmbio.gov.br/parnalencoismaranhenses/guia-do-visitante.html